segunda-feira, janeiro 31, 2011

Aljezur, Terra Mimosa - 3



O “Aljezur, Terra Mimosa” não é apenas um livro de poemas. Canta hinos a Aljezur mas também a exalta em extensa prosa descritiva. Em rodapé da capa dá o grupo editor e autor a explicação de que a obra se trata duma “Monografia Regional” e são de rica prosa as cerca de 25 primeiras páginas. Desta primeira parte extraí as palavras que se seguem:

“A VELHA ALJEZUR

Esta antiga vila dos sarracenos, quási nas faldas da serra de Monchique e muito próxima do litoral do Barlavento algarvio, foi outrora uma das vilas mais importantes do sul do país — segundo dizem as crónicas do passado — nos primeiros anos após a conquista do algarve pelo mestre da Ordem de Santiago. Depois, começou a decair e a ser esquecida dos poderes públicos e a viver só com os seus recursos próprios, sem um olhar de protecção, sem um auxílio que fosse animar a vida dum povo humilde, honesto e trabalhador, que tem vivido no seu isolamento por culpa dos homens!”

Relembro que o livro foi editado em 1938.
Na altura já este destino aljezurense se cumpria, e não houve ferradura de três furos nem corno retorcido que tivesse aliviado o embruxo que castigou esta terra durante décadas.
Hoje são os seus recursos naturais que atraem visitantes e que a ajudam a emergir dessa noite escura que a empobreceu. Mas, ainda assim…

quinta-feira, janeiro 13, 2011

A Banda de Música de Aljezur


Tará Tá Tchim! Pom! Pom! Ói malta do Barlavento!

E que tal este belo momento músico-pictórico que registou para a posteridade uma sociedade aljezurense culturalmente participativa!

Quem se lembra de alguns deles?


Dos que estão de pé, da esquerda para a direita, temos em 2º um dos Arsénio (António ou Adelino?), a seguir o António Batista, em 5º o Joaquim Costa (?), (o carreiro da mula manca!), em 9º o Lázaro, em 11º o Valentim Cardeira; na fila dos sentados, em 3º lugar o mestre Pedro Afonso, o eterno homem do bombo e coveiro (o maior homem da vila que media as covas pelo seu próprio tamanho!), depois parece-me o César Laranjo (?) (da moagem) e o menino em camisa é o Fredrico Furtado Jr. (da farmácia), dois a seguir é o Zé Claro.
Eh pá, já se me esgotou a memória; além disso, não sou assim tão antigo...