IV – Cultivar um certo conhecimento!
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“Um fóssil
é um animal extinto. Quanto mais velho, mais extinto está.”
Um aluno da Primária num teste de Ciências.
Para terminar esta (primeira) viagem à Inutilândia, e como
prometido, apresento uma série de exemplos desse conhecimento pelo qual só
alguns se interessam, e muitas vezes com que interesse!... Para o efeito socorri-me
da obra “A Shite History of Nearly Everything” de Parody, cujo título em
português bem poderia ser “Uma História de Merda Sobre Quase Tudo”, e que
constitui considerável compilação sobre o tema.
Fósseis
O fóssil mais antigo que se conhece é de um organismo
unicelular e tem três mil e duzentos milhões de anos.
Conhecem-se fósseis multicelulares de há 700 milhões de anos.
Em Marrocos foram encontrados fósseis de baratas-do-mar
(bichinho com um máximo de 2 milímetros de comprimento) com 480 milhões de anos.
Bicharada
Supõe-se que existam entre 5 a 30 milhões de espécies de
insectos, mas apenas um milhão estão catalogadas.
Vivem mais insectos num quilómetro quadrado de campo do que
habitantes em todo o planeta.
Todos os anos os insectos comem um terço das plantações da
Terra.
As moscas vulgares podem ser os animais mais perigosos do
planeta pela quantidade de doenças que podem transmitir, geralmente pelas patas
e/ou pelo aparelho bocal.
Lagartos terríveis
O termo dinossauro, que significa lagarto terrível (embora
não fossem répteis), foi atribuído pelo paleontólogo Richard Owen em 1841.
Ninguém sabe o verdadeiro aspecto dos dinossauros porque
nunca se descobriu nenhum esqueleto com carne! As reconstruções derivam de
estudos de vários cientistas que muito discordam entre si. As ossadas, por
completas que sejam, não ultrapassam os 40% do animal. Não conseguem ainda ter
noção das cores da pele nem os vestígios permitem distinguir se é macho ou
fêmea!
A reconstrução esquelética já tem dado alguns erros. Ao
Brontossauro, que nunca existiu, foi atribuída a cabeçorra do seu primo-irmão
Apatossauro!
O dinossauro mais antigo que se conhece é o Eoraptor, que
pode ter vivido há cerca de 228 milhões de anos, numa região a noroeste da
Argentina.
O Tiranossauro Rex foi um dos últimos a desaparecer.
Entre o desaparecimento dos dinossauros e o aparecimento do
primeiro humano, terá havido um hiato de cerca de 62 milhões de anos.
Dentes
Na batalha de Waterloo, em 1815, as tropas de Wellington
derrotaram o exército de Napoleão. No campo de batalha ficaram cerca de 50.000
mortos. Os saqueadores de cadáveres avançaram então para recolher quaisquer
objectos de valor e, sobretudo, os seus dentes, que eram posteriormente
vendidos para a construção de dentaduras. Eram conhecidos como os Dentes de
Waterloo.
Os egípcios podem ter sido os primeiros a usar um
dentífrico, uma mistura de sal, pimenta, hortelã e flores silvestres, no século
IV d. C.
Livros
A primeira história que foi escrita (cerca de 2000 a.C. na
Suméria) foi o Épico de Gilgamesh, que fora governador da Cidade de Uruk, e
passou a ser o primeiro herói da literatura.
O Almagest de Ptolomeu foi o livro científico mais
conceituado durante 1500 anos.
Abdul Kassem Ismael, grão-vizir da Pérsia no século X,
viajava sempre com a sua biblioteca de 117.000 volumes que transportava em 400
camelos, treinados para se manterem por ordem alfabética.
De facto
Disse Albert
Einstein: “Se os factos não se coadunam com a teoria, mude os factos”.
D’abalada
E como
dissemos no início deste texto (mais uma inutilidade, pois já o dissemos) por
aqui nos ficamos nesta primeira viagem até à Inutilândia.
Praia de Buarcos
Finais de 2020
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