sexta-feira, maio 07, 2021

INUTILÂNDIA Terra dos saberes inúteis (ou menos úteis)

 IV – Cultivar um certo conhecimento!

por Carl Ene

 

·         “Um fóssil é um animal extinto. Quanto mais velho, mais extinto está.”

Um aluno da Primária num teste de Ciências.

 

Para terminar esta (primeira) viagem à Inutilândia, e como prometido, apresento uma série de exemplos desse conhecimento pelo qual só alguns se interessam, e muitas vezes com que interesse!... Para o efeito socorri-me da obra “A Shite History of Nearly Everything” de Parody, cujo título em português bem poderia ser “Uma História de Merda Sobre Quase Tudo”, e que constitui considerável compilação sobre o tema.

Fósseis

O fóssil mais antigo que se conhece é de um organismo unicelular e tem três mil e duzentos milhões de anos.

Conhecem-se fósseis multicelulares de há 700 milhões de anos.

Em Marrocos foram encontrados fósseis de baratas-do-mar (bichinho com um máximo de 2 milímetros de comprimento) com 480 milhões de anos.

Bicharada

Supõe-se que existam entre 5 a 30 milhões de espécies de insectos, mas apenas um milhão estão catalogadas.

Vivem mais insectos num quilómetro quadrado de campo do que habitantes em todo o planeta.

Todos os anos os insectos comem um terço das plantações da Terra.

As moscas vulgares podem ser os animais mais perigosos do planeta pela quantidade de doenças que podem transmitir, geralmente pelas patas e/ou pelo aparelho bocal.

Lagartos terríveis

O termo dinossauro, que significa lagarto terrível (embora não fossem répteis), foi atribuído pelo paleontólogo Richard Owen em 1841.

Ninguém sabe o verdadeiro aspecto dos dinossauros porque nunca se descobriu nenhum esqueleto com carne! As reconstruções derivam de estudos de vários cientistas que muito discordam entre si. As ossadas, por completas que sejam, não ultrapassam os 40% do animal. Não conseguem ainda ter noção das cores da pele nem os vestígios permitem distinguir se é macho ou fêmea!

 

A reconstrução esquelética já tem dado alguns erros. Ao Brontossauro, que nunca existiu, foi atribuída a cabeçorra do seu primo-irmão Apatossauro!

O dinossauro mais antigo que se conhece é o Eoraptor, que pode ter vivido há cerca de 228 milhões de anos, numa região a noroeste da Argentina.

O Tiranossauro Rex foi um dos últimos a desaparecer.

Entre o desaparecimento dos dinossauros e o aparecimento do primeiro humano, terá havido um hiato de cerca de 62 milhões de anos.

Dentes

Na batalha de Waterloo, em 1815, as tropas de Wellington derrotaram o exército de Napoleão. No campo de batalha ficaram cerca de 50.000 mortos. Os saqueadores de cadáveres avançaram então para recolher quaisquer objectos de valor e, sobretudo, os seus dentes, que eram posteriormente vendidos para a construção de dentaduras. Eram conhecidos como os Dentes de Waterloo.

Os egípcios podem ter sido os primeiros a usar um dentífrico, uma mistura de sal, pimenta, hortelã e flores silvestres, no século IV d. C.

Livros

A primeira história que foi escrita (cerca de 2000 a.C. na Suméria) foi o Épico de Gilgamesh, que fora governador da Cidade de Uruk, e passou a ser o primeiro herói da literatura.

O Almagest de Ptolomeu foi o livro científico mais conceituado durante 1500 anos.

Abdul Kassem Ismael, grão-vizir da Pérsia no século X, viajava sempre com a sua biblioteca de 117.000 volumes que transportava em 400 camelos, treinados para se manterem por ordem alfabética.

De facto

Disse Albert Einstein: “Se os factos não se coadunam com a teoria, mude os factos”.

 

D’abalada

E como dissemos no início deste texto (mais uma inutilidade, pois já o dissemos) por aqui nos ficamos nesta primeira viagem até à Inutilândia.

 

Praia de Buarcos

                                                                                                                                             Finais de 2020 

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