por CarlNasc
Gostava de
citar algumas obras literárias, do século passado, que se focam em Aljezur e
que já se converteram em verdadeiros clássicos, embora pouco conhecidas e
conhecidas de poucos, tendo os seus autores abandonado esta vida há vários
anos.
Elejo aqui
três dessas obras com que me familiarizei desde sempre, pois eram parte do
nosso pequeno acervo literário:
·
“Gentes
da Serra” de Elias Nemésio, pseudónimo do Mons. Cónego Manuel Francisco Pardal,
publicado em 1931;
·
“Aljezur,
Terra Mimosa” de Manuel Garcia, publicado em 1938;
·
“Pão
Incerto” de Assis Esperança, publicado em 1964.
A primeira
e a última são romances que reproduzem o ambiente e as vivências aljezurenses,
nos anos que constituem o espaço temporal da trama. Aos seus autores é
reconhecida a competência da expressão escrita, com publicações em vários
jornais, sendo Assis Esperança já um escritor consagrado, com vários romances
publicados. Quanto à segunda obra, é um hino ao concelho e às suas gentes (uma
monografia regional, no dizer do seu autor), em verso e em prosa.
Com
excepção do Monsenhor Cónego Pardal, a quem a Câmara Municipal prestou a devida
homenagem em 1997, pela passagem do centenário do seu nascimento, não se
conhecem quaisquer manifestações oficiais de divulgação de outras obras.
Quem sabe,
ao voltar a falar-se destes livros, o pelouro da cultura da Câmara Municipal de
Aljezur, ou até a ADPHAA, possam vir a interessar-se pela reedição de alguma
delas. Aljezur, Terra Mimosa, há muito desaparecida dos escaparates, algum
antigo patrício poderá dispor de um velho exemplar que possa ser objecto de
edição fac-simile; já o Pão Incerto,
esgotado desde os anos 60, com alguma insistência ainda se conseguirá adquirir
no mercado dos alfarrabistas.
No próximo
Algarzur, com o objectivo de melhorar a divulgação e talvez motivar os leitores
para a sua procura e leitura, iniciarei um conjunto de três apontamentos sobre
as obras aqui referidas.
Praia de Buarcos,
Setembro de 2020
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