por
CarlNasc
Começa com
uma descrição administrativa, com o número de habitantes (6.661 no total, sendo
4.424 na vila), e passa às características geográfico-histórico-turístico-paisagísticas.
Aí refere três magníficas praias: “a do
Monte Clérigo, notável pelos variados e imponentes recortes da costa,
especialmente a Ponta da Rocha e o Penduradoiro; a da Pipa, praia pequena mas
onde abunda água potável, aconselhada para doentes do estômago; e a da
Arrifana, em cuja baía, de grande beleza, se encontra a Pedra da Agulha,
rochedo limado pelo mar que lembra o objecto de que tirou o nome”.
Refere a
tentativa do bispo do Algarve D. Francisco Gomes de Avelar de obstar à
insalubridade da vila, pretendendo mudá-la para um sítio “mais arejado”, e que mandou
construir (às suas custas) uma igreja e algumas casas para o padre, sacristão e
outros ajudas.
Os
elementos históricos descritos são os habituais, e que ainda se mantêm sem
contestação: a fundação árabe, a conquista por D. Paio Peres Correia na
madrugada de 24 de Junho de 1246, a ruína do castelo pelo terramoto de 1755, e
os forais de D. Dinis e de D. Manuel.
Curiosamente,
informa da existência de três minas de cobre na freguesia mãe, uma no Cerro do
Rossio, outra no Cerro da Amendoeirinha e outra ainda no Cerro do Penedo.
Sobre a
etimologia de Aljezur, evoca o Prof. David Lopes que defende “derivar da
palavra árabe Aljçur, plural de Aljiçr que significa Alcântara, a ponte”,
referindo também os registos em documentos oficiais de 1267, onde consta a
forma Aliaçur, e noutros de 1272, as formas de Aliazur, dando Aljezur.
O texto
desta enciclopédia termina com a descrição heráldica das armas, da bandeira e
do selo, conforme o parecer da Secção de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses e está definido na portaria nº 8.362 de 17 de Fevereiro
de 1936.
É
curioso o artigo indicar na Bibliografia o Guia de Portugal de Raúl Proença
1936 que referimos no nosso anterior texto.
A mesma
Enciclopédia, numa nova entrada do mesmo termo, oferece-nos esta curiosidade
nobiliárquica:
1º Visconde de Aljezur, Francisco de Lemos de Faria
Pereira Coutinho, nasceu no Brasil em 1820, e desposou a senhora D. Maria Rita
de Noronha. O rei D. Pedro V concedeu à dita senhora o título de 1ª Viscondessa
de Aljezur em 1858 e autorizou o seu marido a usar o referido título. Este
título e autorização foram confirmados no Brasil por sua Majestade Imperial. O
casal não teve descendência e o título deixou de ser referenciado.
FEV2021 por CarlNasc
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