Que saudades
Que saudades… velha escola,
Da cartilha e sacola,
Reguadas da professora…
Calcorrear os caminhos,
Pés descalços sobre espinhos,
Que saudades… desse outrora.
A algazarra do recreio,
O jogo da bola a meio,
Papo-seco sem conduto…
Depois a correria,
Ciências, geografia,
Decoradas (cá p’lo puto).
Lembro o arco de vareta
E até a escravelheta
Piana em medronheiro…
O berlinde abafador
Transparente… multicolor,
A rolar pelo terreiro.
Lembro o “pula na mula”,
Doçarias… “minha gula”,
E tantos galos na testa…
Do carnaval… “malatracas”
E o estoirar de canecas
Em “caçadas”… (riso e festa).
Arselino Marreiros Correia
in O Rosto da Alma,1997
in O Rosto da Alma,1997
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